"Serviços bancários são essenciais, bancos não são.”
Esta celebre frase foi pronunciada por Bill Gates em 94 quando o Departamento de Justiça americano travou um negócio de US$ 1,5 bilhão ofertado pela Microsoft para a compra da Intuit que desenvolvera uma ferramenta voltada para a gestão pessoal chamada Quicken. Muitos anos se passaram e a egemonia das grandes instituições financeiras permanece mas, o aparecimento das fintechs ressuscita a frase de uma forma provocativa.
As startups de tecnologia financeira tem como objetivo fornecer serviços ou produtos financeiros que substituam ou melhore os oferecidos pelos bancos tradicionais, gerando preocupação entre eles. Destacam-se pela agilidade e inovação atraindo jovens ambientados com o mundo digital. São pequenas, ágeis e voltadas para a solução de problemas e por esse motivo conseguem mudar o rumo dos negócios rapidamente em detrimento as grandes e lentas estruturas da instituições financeiras. Atuam em vários segmentos como crédito, empréstimo, entre outros mas, existem várias outras possibilidades de negócios a serem exploradas.
Especialistas apostam na inovação nas áreas de crédito, empréstimos para pequenas empresas com ou sem garantia e financiamento imobiliário. Modelos como os praticados na Europa com investimentos exclusivos para mulheres ou jovens é uma tendência, afirmam eles.
Por outro lado, a maior dificuldade enfrentada pela fintechs é a ampliação de portofólio pois, conseguem ofertar apenas um bom serviço ou produto. Ainda não houve startup que tenha ofertado possibilidades similares a de um banco. Assim como, aumentar a base de clientes é uma barreira a ser superada. Outro ponto a se observar é o jurídico pois, os ambientes regulatórios variam de país para país.
Por mais que se pense ao contrário, atualmente, o ambiente entre os bancos e as fintechs é de cooperativismo a ponto de serem criadas encubadoras como CUBO do Itaú e InovaBRA do Bradesco para estreitar a relação. Se por um lado os bancos procuram aprender e entender os modelos de negócios praticados, por outro eles tentam buscar a colaboração quando os interessa e até mesmo absorvem por meio de compra.
A criação de uma fintech pode ser uma boa opção para quem pretende empreender em 2017.
Fonte: Sebrae - PEGN